Leia o trecho inicial do ensaio “Saber para quê?”, do neurocientista Sidarta Ribeiro, para responder à questão. 

Vem da Antiguidade a metáfora de que o conhecimento se acumula como o volume de uma esfera em expansão. Por meio da observação e da experimentação ampliamos nosso saber sobre o universo. A superfície da esfera representa os pontos de contato com o desconhecido. À medida em que ela se expande, surgem as novas perguntas que vamos formulando. Por essa razão, o incógnito — aquilo que sabemos que ignoramos — cresce junto com o conhecimento. Lá fora, além da superfície da esfera, jaz o insabido verdadeiro: todas as coisas que nem sabemos que não sabemos. Mas saber para quê? Parafraseando o dito popular, pouca ciência com sabedoria é muito, muita ciência sem sabedoria é nada.

(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)

De acordo com o autor, o verdadeiro insabido seria

  • a

    o desprezo pela sabedoria resultante da ciência. 

  • b

    a ignorância daquilo que não sabemos. 

  • c

    o desprezo por aquilo que não sabemos. 

  • d

    o conhecimento de nossa própria ignorância. 

  • e

    a ignorância de nossa própria essência.