Que tal transformar a internet em palco para a dança?

O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se destaca como um dos criadores que descobriram a dança de outro ponto de vista. Mini@tures é uma experiência emblemática entre movimento, computador, internet e vídeo. Com os recursos da computação gráfica, a dança das miniaturas pode caber na palma da mão. Pelo fato de usar a internet como palco, o processo de criação das miniaturas de dança levou em consideração os limites de tempo de download e o tamanho de arquivo, para que um número maior de “espectadores” pudesse assistir. A graça das miniaturas está justamente na contaminação entre mídias: corpo/dança/computação gráfica/internet. De fato, é a rede que faz a maior diferença nesse grupo. Mini@tures explora uma nova dimensão que descobre o espaço-tempo da web e conquista um novo território para a dança contemporânea. A qualquer hora, dance on-line.

SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos.
São Paulo: Itaú Cultural, 2003 (adaptado).

Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea concebido para a rede, esse trabalho é apresentado como inovador por

  • a

    adotar uma perspectiva conceitual como contraposição à tradição de grandes espetáculos.

  • b

    criar novas formas de financiamento ao utilizar a internet para divulgação das apresentações.

  • c

    privilegiar movimentos gerados por computação gráfica, com a substituição do palco pela tela.

  • d

    produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar as possibilidades de expressão estética.

  • e

    redefinir a extensão e o propósito do espetáculo para adaptá-lo ao perfil de diferentes usuários.

Didier Mulleras parte do universo de expressão corporal próprio da dança e busca uma integração com outras mídias. Com isso, aumenta as possibilidades de alcance de sua arte. Mas, acima de tudo, amplia e diversifica os recursos expressivos.