A obtenção da liberdade não significou o fim da história na África, muito pelo contrário. A partir de então, as diferentes nações africanas tiveram de lidar com o desafio de construir estados nacionais que abarcavam povos, línguas e costumes diversos.

(Ynaê Lopes dos Santos.
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)

O “desafio” mencionado no excerto pode ser exemplificado

  • a

    pela ausência de investimentos estrangeiros e pela ausência de espírito liberal e democrático no continente.

  • b

    pelas constantes guerras civis e, mais recentemente, pela ação violenta de grupos armados, como o Boko Haram.

  • c

    pela opção da maior parte dos países de adotar regimes socialistas e pela falta de ajuda econômica das superpotências.

  • d

    pela interferência política das organizações não governamentais e pelas frequentes intervenções militares da ONU.

  • e

    pelas violentas disputas étnicas e, mais recentemente, pela guinada muçulmana no sul do continente, liderada pelo Estado Islâmico.

O excerto utilizado na questão já faz referência ao “desafio” enfrentado pelas nações africanas após as independências: como construir estados nacionais em meio à diversidade de povos, de línguas e de costumes incluídos dentro das fronteiras arbitrariamente estabelecidas pelas potências colonizadoras – e preservadas como referência no processo de independência. Como consequência, os novos países enfrentaram situações de guerra civil (incluindo conflitos tribais), a ação de grupos terroristas, dentre os quais podem ser citados grupos islâmicos na Nigéria (o Boko Haram), na Líbia (o Estado Islâmico) e em Moçambique, dentre os mais recentes.