Real alicerce da sociedade, os escravos chegaram a constituir, em regiões como o Recôncavo, na Bahia, mais de 75% da população. Desde o século XVI e até a extinção do tráfico, em 1850, o regime demográfico adverso verificado entre os cativos – em razão das mortes prematuras e da baixa taxa de nascimento – levou a uma taxa de crescimento negativo [...].

(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)

A variação demográfica indicada no excerto provocou

  • a

    a proibição das punições físicas e a melhoria no tratamento destinado aos escravizados.

  • b

    o surgimento de leis destinadas à redução do uso de escravizados nas lavouras de cana.

  • c

    o apoio da Coroa portuguesa ao apresamento e à escravização de indígenas.

  • d

    a necessidade constante de importação de mão de obra de africanos escravizados.

  • e

    o estímulo à imigração e a transição para o trabalho assalariado nas cidades e no campo.

Com base no texto, pode-se observar a relação demográfica entre a população livre e escravizada no recôncavo baiano, apontando que esta chegou a constituir mais de 75% da população. Porém, apesar desse amplo número, a autora apresenta que o seu crescimento demográfico foi adverso, devido a baixas taxas de natalidade e prematuras mortes. Tal fenômeno impediu o crescimento vegetativo no número de escravizados, levando à necessidade constante de importação de mão de obra através de africanos escravizados.