Descobri um mês depois do parto que minhas gêmeas têm síndrome de Down

Ainda no início da gestação, o casal Ellen e Willians foi surpreendido com a notícia: eram gêmeos idênticos (univitelinos), duas meninas. Um exame posterior ao parto surpreendeu novamente os pais: as duas crianças tinham síndrome de Down.

O nascimento das meninas é considerado um fato raro. Isso porque estudos apontam que, aproximadamente, um a cada 700 ou 800 partos no Brasil é de uma criança com síndrome de Down. Especialistas acreditam que menos de 0,5% dos nascimentos de crianças com essa síndrome seja de gêmeos — desses, apenas um terço são univitelinos.

(www.bbc.com. Adaptado.)

A condição cromossômica das células somáticas das meninas é caracterizada como uma trissomia do cromossomo 21, uma aneuploidia resultante de eventos biológicos específicos. Um desses eventos é

  • a

    a não disjunção das cromátides-irmãs de um dos cromossomos 21 na meiose II da ovogênese.

  • b

    a não disjunção dos cromossomos homólogos do par 21 na meiose II da espermatogênese.

  • c

    a fertilização concomitante do óvulo por dois espermatozoides, cada um deles carregando um cromossomo 21.

  • d

    a fusão do material genético do corpúsculo (glóbulo) polar ao núcleo haploide do óvulo, cada qual com um cromossomo 21.

  • e

    a não disjunção dos cromossomos homólogos do par 21 na mitose seguinte à formação do zigoto.

Em consequência da não disjunção ocorrida na anáfase II, as cromátides-irmãs do cromossomo 21 não se separaram, acarretando a formação de um óvulo com dois cromossomos 21, cuja união com um espermatozoide com um cromossomo 21 originará o zigoto com trissomia do 21.