Os únicos países africanos não colonizados por potências europeias no século XIX foram

  • a

    a África do Sul, que vivia sob forte regime de segregação racial, e a Síria, que se manteve livre graças à forte mobilização militar dos grupos muçulmanos.

  • b

    a Libéria, criada na metade do século XIX por iniciativa norte-americana, e a Etiópia, que uniu cristãos e islâmicos na luta de resistência às investidas armadas italianas.

  • c

    a Argélia, que obteve sua autonomia em troca de acordos comerciais com países mediterrânicos, e Gana, onde o poderoso Império Axânti conseguiu impedir o avanço britânico.

  • d

    o Marrocos, ocupado pela França apenas no século XX, e Madagascar, que conseguiu evitar invasões por meio da estruturação de um forte aparato militar marítimo.

  • e

    o Egito, que se valeu de sua tradição histórica de autonomia e hegemonia regional, e Angola, que obteve sua independência de Portugal no final do século XVIII.

Diante do tradicional mapa da partilha imperialista da África, duas áreas chamam atenção por permanecerem à margem da conquista europeia: o pequeno enclave da Libéria, na África ocidental, e o grande reino da Etiópia, na África Oriental. No primeiro caso trata-se de uma república criada por iniciativa de setores privados dos Estados Unidos com o objetivo de promover o retorno de africanos libertos – mesmo antes da 13ª emenda, que aboliu a escravidão em todos o país. No segundo caso, trata-se de um reino centralizado tradicional, dotado de tradição dinástica milenar e situado em território montanhoso de difícil acesso. A Etiópia só foi conquistada por uma potência europeia (no caso, a Itália) já no século XX, em 1935.