A política externa proposta por Jânio Quadros, em seu breve governo em 1961, inspirou-se nas determinações da Conferência de Bandung (1955), que propunha, entre outras, uma postura de não alinhamento exclusivo a qualquer um dos dois megablocos existentes no cenário da Guerra Fria. Jânio pretendia desvencilhar-se da exclusividade de relacionamentos diplomáticos e comerciais com o Bloco Capitalista liderado pelos EUA. Buscava, assim, abrir mercados para o Brasil, mesmo que tal atitude fosse evidentemente perigosa politicamente, dado o momento de tensões internacionais causado pela recém vitoriosa Revolução Cubana e, também, pelo apoio que o governo brasileiro recebia da UDN (União Democrática Nacional), partido declaradamente anticomunista.