Observe a charge de Ziraldo, originalmente publicada em 1968.

O diálogo entre o elefante e as cobras, associado à decretação do Ato Institucional número 5, sugere 

  • a

    a alienação de parte expressiva da sociedade ante o cenário político e a difusão de notícias falsas. 

  • b

    a solidez das instituições políticas republicanas e a disseminação do medo por traidores dos interesses nacionais. 

  • c

    o contraste entre o esforço militar de corrigir os rumos do país e a desconfiança da sociedade civil. 

  • d

    o poder dos grupos sociais e políticos fortes e consolidados e a incerteza entre os setores populares. 

  • e

    o distanciamento entre a sociedade e o regime político e a dissolução das garantias e dos direitos democráticos.

Implantado em 13 de dezembro de 1968, durante a presidência do general Artur da Costa e Silva (1967-1969), o Ato Institucional nº 5 foi o mais repressivo ato institucional que a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) impôs sobre o Brasil.

O AI-5 vigorou por uma década e consistiu em um severo um instrumento jurídico-legislativo de coerção, fechando o Congresso Nacional, suspendendo direitos e limitando capacidade de defesa dos cidadãos.

A charge de Ziraldo ironiza o distanciamento entre a sociedade e o regime ditatorial do período. Afinal, a dissolução de garantias, liberdades e direitos democráticos retirou dos indivíduos seu pleno direito de defesa e a presunção de sua inocência quando acusados de subversão por agentes do Estado.