Leia este texto.
O tempo personalizou minha forma de falar com Deus, mas sempre termino a conversa com um pai✄nosso e uma ave✄maria.
(...)
Metade da ave-maria é uma saudação floreada para, só no final, pedir que ela rogue por nós. No pai- nosso, sempre será um mistério para mim o “mas” do “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Me parece que, a princípio, se o Pai não nos deixa cair em tentação, já estará nos livrando do mal.
Denise Fraga, www1.folha.uol.com.br, 07/07/2015. Adaptado.
a) Mantendo-se a relação de sentido existente entre os segmentos “não nos deixeis cair em tentação” / “mas livrai nos do mal”, a conjunção “mas” poderia ser substituída pela conjunção e, de modo a dissipar o “mistério” a que se refere a autora? Justifique.
b) Sem alterar seu sentido, reescreva o trecho da oração citado pela autora, colocando os verbos “deixeis” e “livrai” na terceira pessoa do singular.
a) Sim, a conjunção “mas” poderia ser substituída por “e” de modo a dissipar o mistério a que se refere Denise Fraga. O uso de “mas” lhe causou estranhamento porque não há, no contexto, a relação de adversidade comumente estabelecida por essa palavra. Por isso, ela afirma: “se o Pai não nos deixa cair em tentação, já estará nos livrando do mal”. Com o uso da conjunção “e”, aditiva, esse estranhamento desapareceria.
b) Não nos deixe cair em tentação, mas livre-nos do mal.