Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.
(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do
Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira,
Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)
Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:
O "porém" introduz um argumento contrário à versão "benigna" da valorização da malandragem. Essa conjunção adversativa foi utilizada para estabelecer uma oposição entre a valorização benigna e maligna da malandragem. Por isso, é a alternativa D.
Com relação à alternativa A, o verbo "equivale", no texto, relaciona a valorização da malandragem ao "descrédito" das instituições democráticas e não à sua negação. Por isso, essa alternativa está incorreta.