As revoluções de independência na América hispânica foram, ao mesmo tempo, um conflito militar, um processo de mudança política e uma rebelião popular.

(Rafael Rojas, Las repúblicas de aire. Buenos Aires: Taurus, 2010, p. 11.)

São características dos processos de independência nas ex-colônias espanholas na América: 

  • a

    o descontentamento com o domínio colonial e a agregação de grupos que expressavam a heterogeneidade étnica, regional, econômica e cultural do continente. 

  • b

    o caudilhismo, sob a liderança política criolla, e o discurso revolucionário de uma nova ordem política, que assegurou profundas transformações econômicas na América. 

  • c

    o uso dos princípios liberais de organização política republicana e a criação imediata de exércitos nacionais que lutaram contra as forças espanholas. 

  • d

    a participação de indígenas e camponeses, determinante para a consolidação do processo de independência em regiões como o México, e sua ausência nas ações comandadas por Bolívar.

O processo de emancipação da América Hispânica é marcado pela progressiva tensão entre a metrópole e as suas colônias. A insatisfação, que permeava diferentes regiões e segmentos sociais, culmina nas guerras de independência. Tais conflitos reuniram diferentes grupos, bastante díspares, mas que, liderados pela elite criolla, congregaram-se em torno da luta emancipacionista.