Para diversos cientistas da atualidade, as modificações provocadas no planeta pelas atividades humanas nos últimos séculos são irreversíveis e justificariam a criação de um novo tempo geológico, denominado Antropoceno. Neste, haveria mudanças significativas na superfície, na atmosfera, na quantidade e na distribuição dos seres vivos no globo. No entanto, ao longo da história geológica da Terra, em especial no Fanerozoico, já ocorreram grandes reduções do número de espécies em episódios chamados de extinções em massa. Um desses episódios, por exemplo, ocorreu no final da Era Mesozoica, há 65 milhões de anos, e fez desaparecer os dinossauros.

a) Na figura da Folha de Respostas, indique por meio de um círculo o pico de extinção dos dinossauros.

b) Cite duas condições naturais adversas à vida que poderiam levar a extinções em massa no planeta conforme demonstrado no gráfico.

c) Explique uma evidência na superfície terrestre e uma na atmosfera que colabora para a proposição do Antropoceno como um novo tempo geológico.

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b) Extinções em massa, conforme apresentadas no gráfico, são consequências de grandes alterações naturais sofridas pelo planeta ao longo de sua história geológica. Entre elas, podemos destacar: quedas de meteoritos, grandes erupções vulcânicas, alterações na composição atmosférica, mudanças climáticas e o aparecimento de novas doenças.

c) Várias evidências atuais de alterações ambientais, tanto na superfície terrestre como da sua atmosfera, produzidas pelos seres humanos, colaboram para a ideia de que vivemos um novo tempo geológico denominado por alguns cientistas de Antropoceno. Nos últimos três séculos, a partir da Revolução Industrial, a ação humana vem lançando na atmosfera uma quantidade elevada de gases resultantes da queima de combustíveis fósseis e de biomas originais, além da emissão de elementos não existentes originalmente na sua composição, como por exemplo o CFC (Cloro Flúor Carbono). Tais alterações podem desencadear um aumento da temperatura do planeta, rompendo o equilíbrio hídrico da Terra, bem como destruir a camada de ozônio, levando à maior incidência dos raios ultravioleta na superfície do planeta, podendo levar à extinção em massa das espécies. Outras ações comprometendo a superfície terrestre também podem colaborar para tal quadro, como os desmatamentos produzidos pelas construções urbanas e pela expansão da agropecuária, bem como a elevação dos níveis dos oceanos decorrente do derretimento das geleiras, que podem diminuir os espaços superficiais e os habitats ocupados pelas espécies.