Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.

HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea.
Disponível em: www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).

O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre

  • a

    blocos supranacionais e ineficiência do transporte. 

  • b

    livre mercado e construção de barreiras fronteiriças. 

  • c

    tecnologias da informação e desemprego estrutural. 

  • d

    desconcentração industrial e concentração de capital. 

  • e

    redução da pobreza e aumento da desigualdade social.

O texto menciona uma das principais discussões quando abordamos o tema da globalização: a fluidez da circulação financeira, comercial, de pessoas, entre outros. Essa fluidez se tornou possível graças ao desenvolvimento tecnológico nas telecomunicações e nos transportes, bem como à difusão do neoliberalismo, que diminuiu as barreiras comerciais e financeiras entre os países, remetendo à ideia de livre mercado da alternativa B. 

O texto propõe também que há um paradoxo nesse fenômeno: ao mesmo tempo que há uma diminuição do controle comercial e financeiro entre os países (gerando a fluidez), há um grande controle da circulação de pessoas, ao menos no que diz respeito à imigração de países em desenvolvimento para países desenvolvidos. Países europeus, os EUA e o Japão são bastante seletivos quanto ao movimento migratório, porém estimulam e até forçam muitos países a flexibilizarem a entrada de seus capitais e produtos.