Na América do Sul, a principal orientação dos investimentos nas últimas décadas foi direcionada para aumentar a oferta de commodities agropecuárias e minerais no mercado mundial. Grande parte dessas commodities está sendo consumida na China e na Índia, que são países que apresentam um rápido crescimento urbano com uma substancial mudança da distribuição territorial de suas numerosas populações. Soja, minério de ferro, alumínio, petróleo e, mais recentemente, biocombustíveis integram a pauta de exportações das nações sulamericanas.

EGLER, C. G. Crise, mudanças globais e inserção da América do Sul na economia mundial.
In: VIDEIRA, S. L.; COSTA, P. A.; FAJARDO, S. (Org.).Geografia econômica:
(re)leituras contemporâneas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011.

O principal risco econômico para os países da América do Sul dependentes da comercialização dos produtos mencionados no texto é o(a)

  • a

    surgimento de fontes energéticas renováveis. 

  • b

    instabilidade do preço dos produtos primários. 

  • c

    distância dos principais parceiros comerciais. 

  • d

    concorrência de economias emergentes asiáticas. 

  • e

    esgotamento das reservas de combustíveis fósseis.

As commodities são caracterizadas como matérias-primas de baixo valor agregado e essenciais para a produção global. O valor desses insumos é negociado diretamente na bolsa de valores e por isso apresenta um alto risco para um país com uma economia dependente da comercialização delas. É importante frisar que a bolsa de valores detém uma relativa imprevisibilidade, já que funciona pela lógica de oferta e demanda e é fortemente influenciada pela especulação, podendo produzir lucros com as exportações de produtos ou até graves crises econômicas, principalmente para aqueles países com uma economia pouco diversificada.