Brasília é a primeira cidade moderna inscrita na lista do Patrimônio Mundial. O plano da cidade, idealizado por Lúcio Costa, segue os princípios básicos da Carta de Atenas, de 1933. Uma cidade estruturada em áreas, cada qual com uma função específica (área monumental, onde se concentram os prédios da administração, área residencial, área agrária e área de lazer), separadas por vastos espaços naturais que se comunicam pelo traçado das grandes vias.

SILVA, F. F. As cidades brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade.
São Paulo: Peirópolis, 2003.

A cidade apresentada foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade porque

  • a

    mescla populações e sotaques ilustrativos da diversidade étnica brasileira. 

  • b

    preserva princípios arquitetônicos e urbanísticos originados no Modernismo. 

  • c

    sintetiza valores cívicos e políticos definidores do patriotismo político nacional. 

  • d

    promove serviços turísticos e produtos artesanais representativos das tradições locais. 

  • e

    protege acervos documentais e imagéticos reveladores da trajetória institucional do país.

O texto realça a dimensão urbanística e arquitetônica de Brasília, cidade planejada para ser capital do Brasil. O projeto executado pelo urbanista Lúcio Costa, ao lado do arquiteto Oscar Niemeyer, tem um plano piloto em formato de aeronave e diversas construções tipicamente modernistas, como o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana e o Palácio da Alvorada. A Carta de Atenas (1933), citada no texto, comprova historicamente - para além do que verificamos observando a urbanística e arquitetura brasiliense - o intento modernista do projeto, já que se trata de um manifesto urbanístico do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, realizado em Atenas.