Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos sob o regime regencial.
REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835.
São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).
A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)
As duas primeiras décadas do Império Brasileiro abrangeram tanto o Primeiro Reinado (1822-1831) quanto o Período Regencial (1831-1840) e foram marcadas por uma ampla quantidade de revoltas de distúrbios armados em diferentes regiões do país. Além dos aspectos econômicos e sociais presentes nesses conflitos, houve também as divergências entre o poder central (sediado pela Corte no Rio de Janeiro) e os grupos regionais que defendiam uma maior autonomia perante a capital.
Dessa forma, enquanto o governo central defendeu a unidade territorial brasileira (assegurada por meio das sucessivas vitórias militares), diferentes grupos regionais (como no nordeste ou no sul) defenderam propostas federalistas tentando ampliar sua autonomia. Tais grupos chegaram, em alguns casos, a defender a plena separação em relação ao restante do país.