Texto 1
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, popularizou-se) o termo fake news para designar os relatos pretensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram e que são disseminados, em larga escala, nas mídias sociais, por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de
comunicação política entre jornalismo, política e democracia”.
Estudos em Jornalismo e Mídia, nº 2, vol. 16, 2019.)
Texto 2
As vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.
(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news
e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)
Os textos tratam de uma prática que é contrária ao princípio da fundamentação racional sustentado por Descartes, que propôs a
Um elemento central na epistemologia de Descartes é a busca de um ponto fixo, a partir do qual se poderia construir um conhecimento sólido, fundado em certezas confiáveis. Para isso, deveria se lançar mão da dúvida hiperbólica, rigorosa e fundada na razão – diferente da dúvida em relação a vacinas, baseada em boatos, crendices e ideias não fundamentadas (ou falsamente fundamentadas).