Texto 1

Provavelmente o marco mais importante que lançou a semente científica da sensciência, nível mais simples de consciência animal, foi a obra A expressão da emoção no homem e nos animais, de Charles Darwin, que demonstra que os animais apresentam as mesmas expressões que os homens. O maior paradoxo é que, embora a ciência utilize os animais como modelo biológico na medicina desde a década de 1950, há negligência no que concerne à avaliação e ao tratamento da dor em animais, em especial os de laboratório.

(Caroline Marques Maia. “Quanta dor os animais sentem?”.
www.comciencia.br, 27.03.2020. Adaptado.)

Texto 2

A capacidade de sentir prazer, dor e medo não é exclusiva dos seres humanos. Ela é, na verdade, vital para a sobrevivência de seres de várias espécies. […] A biologia evolutiva e as ciências do comportamento e do cérebro têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

(www.bbc.com, 04.03.2019.)

Os textos levantam questões que dizem respeito

  • a

    ao futuro da evolução dos seres vivos.

  • b

    aos investimentos em pesquisa sobre o comportamento animal.

  • c

    à adoção de condutas éticas no trato com animais.

  • d

    aos debates conceituais sobre fisiologia animal.

  • e

    à preservação dos diversos ecossistemas.

A partir da convicção de que muitos animais, notadamente os mamíferos, são capazes de reações semelhantes aos sentimentos humanos, cresce o questionamento sobre seu uso em experimentos laboratoriais que provoquem dor (como citado ao final do texto 1). Dessa forma, surge a necessidade da elaboração de protocolos de conduta ou mesmo da suspensão de certos tipos de práticas em laboratório, expressando uma nova conduta ética no trato com animais.