A natureza predatória do desmatamento da Amazônia mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área desmatada, a região contribui com 14,5% do valor do produto agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.

(Ricardo Abramovay. Amazônia, 2019. Adaptado.)

Os dados apresentados no excerto contribuem para colocar em xeque  

  • a

    o discurso segundo o qual o desmatamento da Amazônia é necessário para o crescimento econômico. 

  • b

    a pretensa vocação agrária brasileira, que apresenta resultados econômicos artificiais. 

  • c

    a concepção de unidade territorial que busca comparar áreas ambientalmente diversas. 

  • d

    a proposta de geração de renda atrelada à preservação da floresta amazônica. 

  • e

    o senso comum sobre a elevada fertilidade do solo paulista.

Os dados apresentados no enunciado revelam a baixa produtividade agrícola da Amazônia em comparação à do estado de São Paulo, que, aproximadamente, produz a mesma quantidade do que a Amazônia, porém numa área quatro vezes menor. Ou seja, isso indica que não é necessário ampliar o desmatamento da Amazônia para estimular o crescimento da economia nacional. Seria mais adequada a adoção de técnicas sustentáveis para a exploração das riquezas naturais da floresta e o uso de técnicas mais eficientes nas terras agrícolas que já estão consolidadas.