A “política dos governadores” é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira.
(Carlos Alberto Ungaretti Dias.
“Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)
A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que essa política
A Política dos Governadores deve ser entendida como um pacto político que envolveu grande parte das oligarquias agrárias do Brasil durante a Primeira República (1889–1930). Estabeleceram-se trocas de favores e diversas articulações políticas coordenadas, principalmente, pelos governadores dos estados da federação. Eram eles que indicavam os nomes dos deputados federais e senadores que deveriam ser aprovados pela Comissão Verificadora de Poderes (órgão responsável pela organização das eleições em caráter federal). Também houve o comprometimento por parte dos presidentes em não interferir nos assuntos locais, deixando para os governadores as tomadas de decisões políticas. Essas dinâmicas asseguraram o domínio político duradouro das oligarquias e a supremacia dos paulistas e dos mineiros na esfera do poder executivo federal, pois os líderes estaduais participavam indiretamente das decisões federais e seus interesses estavam garantidos, tanto os políticos, como os econômicos.