A “política dos governadores” é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira.

(Carlos Alberto Ungaretti Dias.
“Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)

A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que essa política

  • a

    fortaleceu a política econômica de caráter liberal, eliminando subsídios e favorecimentos do Estado aos diversos setores da produção agrícola. 

  • b

    implementou um sistema de compra, pelo Estado, do conjunto da produção cafeeira, garantindo a estabilidade do preço mundial do café. 

  • c

    ampliou os mecanismos de representação política dos estados no poder legislativo, consolidando a isonomia entre os poderes. 

  • d

    inaugurou um período de ampliação da influência dos setores rurais na política nacional, neutralizando a força política do poder central. 

  • e

    assegurou o compromisso de isenção da intervenção do Estado em assuntos locais, estabelecendo um equilíbrio entre estes e o poder central.

A Política dos Governadores deve ser entendida como um pacto político que envolveu grande parte das oligarquias agrárias do Brasil durante a Primeira República (1889–1930). Estabeleceram-se trocas de favores e diversas articulações políticas coordenadas, principalmente, pelos governadores dos estados da federação. Eram eles que indicavam os nomes dos deputados federais e senadores que deveriam ser aprovados pela Comissão Verificadora de Poderes (órgão responsável pela organização das eleições em caráter federal). Também houve o comprometimento por parte dos presidentes em não interferir nos assuntos locais, deixando para os governadores as tomadas de decisões políticas. Essas dinâmicas asseguraram o domínio político duradouro das oligarquias e a supremacia dos paulistas e dos mineiros na esfera do poder executivo federal, pois os líderes estaduais participavam indiretamente das decisões federais e seus interesses estavam garantidos, tanto os políticos, como os econômicos.