Montaigne deu o nome para um novo gênero literário; foi dos primeiros a instituir na literatura moderna um espaço privado, o espaço do “eu”, do texto íntimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica, no qual hesitações, autocríticas, correções entram no próprio texto.

COELHO, M. Montaigne. São Paulo: Publifolha, 2001 (adaptado).

O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a)

  • a

    confissão, que relata experiências de transformação. 

  • b

    ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema. 

  • c

    carta, que comunica informações para um conhecido. 

  • d

    meditação, que propõe preparações para o conhecimento. 

  • e

    diálogo, que discute assuntos com diferentes interlocutores.

Montaigne foi um filósofo humanista do século XVI cujas ideias tratavam da consistência do ser humano e de suas ações, dando especial atenção ao que considerava um caráter inconsistente da natureza humana. O texto destaca que o novo gênero literário nomeado por Montaigne foi um dos primeiros a trazer um traço íntimo para o campo da escrita filosófica, englobando hesitações, autocríticas e correções ao texto. Portanto, trata-se de um texto no qual a subjetividade do autor (e, portanto, sua inconsistência enquanto indivíduo) é componente fundamental da construção do saber filosófico sobre determinado tema, ou seja, o ensaio.