Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro que você nunca poderia despertar, como faz quando sonha, pois significaria que não há mundo “real” no qual despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho ou alucinação normal.

NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica contemporânea conhecida como:

  • a

    Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínios do pessoal. 

  • b

    Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar uma conjectura. 

  • c

    Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca. 

  • d

    Idealismo, que nega a existência de objetos independentemente do trabalho cognoscente. 

  • e

    Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.

O texto trata da concepção de que as coisas que consideramos normalmente como reais existem apenas na nossa mente. O solipsismo pode ser definido como a doutrina de que só o “eu” existe e de que tudo que chamamos de realidade exterior são, na verdade, as ideias do eu. Nesse sentido, seria difícil falar em uma realidade compartilhada acessível ao conhecimento, pois isso deveria envolver a existência de outros indivíduos, bem como de um mundo exterior em comum.