O fenômeno histórico conhecido como “tráfico de coolies” esteve associado diretamente ao período que vai do final da década de 1840 até o ano de 1874, quando milhares de chineses foram encaminhados principalmente para Cuba e Peru e muitos abusos no recrutamento de mão de obra foram identificados. O tráfico de coolies ou, em outros termos, o transporte por meios coativos de mão de obra de um lugar para outro, foi comparado ao tráfico africano de escravos por muitos periodistas e analistas do século XIX.

SANTOS, M. A. Migrações e trabalho sob contrato no século XIX. História, n. 12, 2017.

A comparação mencionada no texto foi possível em razão da seguinte característica:

  • a

    Oferta de contrato formal. 

  • b

    Origem étnica dos grupos de trabalhadores. 

  • c

    Conhecimento das tarefas desenvolvidas. 

  • d

    Controle opressivo das vidas dos indivíduos. 

  • e

    Investimento requerido dos empregadores.

No século XIX, o recrutamento de mão de obra asiática para frentes de trabalho na América foi denominado como “tráfico de coolies”. A precariedade dos transportes e os maus tratos aos quais essa mão de obra foi submetida levantou um conjunto de comparações em relação à desumanização, também notada no tráfico negreiro em vigor no mesmo período, destacadamente no Brasil. Nesse sentido, tanto o transporte de coolies quanto o comércio internacional de africanos escravizados foram caracterizados pela opressão sobre as pessoas sujeitadas a esse processo.