Leia o texto:
A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma coisa prejudicial ao fim que se propõe o governo, e à boa conservação das leis do Estado (...). É o que aconteceu em Esparta (...).
Tais são os observações feitas entre os lacedemônios: no tempo da sua dominação as mulheres resolviam quase todas as questões. De resto, que diferença existe em que as mulheres governem, ou que os magistrados sejam governados por mulheres? (...) as mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de perigo, fizeram-lhes o maior mal possível.
Aristóteles, A politica, Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p. 79-80.
É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga:
No excerto, Aristóteles faz uma crítica à posição da mulher em Esparta. O filósofo grego, que viveu em Atenas em seu período Clássico (séc. V a IV a.C.), via as mulheres como criaturas inferiores, física e intelectualmente, sendo submetidas à autoridade paterna ou do marido, não gozando de direitos de cidadania como a participação política ou a educação.
Esparta, por sua vez, dava às mulheres maior autonomia, oferecendo-lhes educação física na infância, bem como o direito à herança e de administração das propriedades na ausência do marido.