A base física do Brasil, do principiar o século XVII, era profundamente diverso daquela que, mesmo numa interpretação liberal do Tratado de Tordesilhas, fora assentada no diploma de 1494. A expansão ao longo do litoral levara ao Oiapoc, no norte, e ao Prata, no sul. O rush do ouro estava determinando a ampliação do área oeste do mesmo modo por que a "droga do sertão" explicava a façanha da incorporação do mundo amazônico. Todo uma geografia nova, política, social e econômica se estava escrevendo na América portuguesa [...].
Arthur F. Reis. "Os tratados de limites". História geral do civilização brasileira, t.l, v.1, p.396.
A partir da leitura do trecho e de seus conhecimentos, é correto afirmar:
Segundo o excerto, durante o período colonial brasileiro, a busca por riquezas e as atividades como mineração e extração de drogas do sertão possibilitaram a extensão das fronteiras da América Portuguesa para muito além do tratado de Tordesilhas. Porém vale ressaltar que o processo de interiorização, iniciado no século XVII, não definiu as fronteiras brasileiras, que só seriam definidas no século XX com a incorporação do Acre (1903) e acordos com os países fronteiriços ao longo da Primeira República.