O ano de 2008 assistiu ao início de uma crise capitalista mundial que se prolonga até os dias atuais. É uma crise similar, em sua amplitude, à Grande Depressão de 1929. Contudo, apesar de receber a mesma designação (crise), essa crise capitalista prolongada difere em seu contexto mundial e em traços específicos daquela de 1929, sobretudo pelo processo de financeirização que emergiu ao final do século XX e que permite imensas acumulações de capitais.

Sobre essa crise capitalista financeirizada é correto afirmar que

  • a

    é derivada da superprodução de bens manufaturados, especialmente ligados à indústria de base, em crise com a expansão dos financiamentos.

  • b

    é produzida pela alta demanda do consumo nos países pobres, o que tem levado a uma ampliação dos financiamentos para a compra de bens.

  • c

    resulta de especulações financeiras que, sem passarem pelos sistemas produtivos, propiciam acumulações em capitais fictícios.

  • d

    procede de especulação financeira, gerando excedentes na indústria de bens de capital e exigindo maiores somas em financiamentos.

A crise de 2008 não esteve diretamente relacionada ao sistema produtivo, ocorreu devido à falência de grandes bancos dos Estados Unidos financiadores do setor imobiliário, que entrou em colapso em virtude da rápida desvalorização de imóveis supervalorizados pela especulação. Diferentemente, a crise de 1929 ocorreu quando a superprodução industrial estadunidense não foi totalmente absorvida pelo mercado consumidor, provocando a falência de muitas empresas.