Disponível em: http://farm5.static.flickr.com. Acesso em: 26 out. 2011 (adaptado).
Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de atingir o público alvo, influenciando seu comportamento. Considerando as informações verbais e não verbais trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se que
É discutível o processo de legitimação apontado na alternativa B. Segundo a afirmação, a figura do profissional de saúde é legitimada no texto, no entanto se pode defender o inverso – ou seja, que tal figura é que legitima as recomendações da peça publicitária. Essa leitura ganha força se considerarmos a sequência da própria alternativa, na qual se afirma que a imagem do profissional evoca “o discurso autorizado como estratégia argumentativa”.
Para invalidar a alternativa A, é possível que a Banca tenha associado o termo “tom” apenas a recursos verbais. Porém o mesmo termo já é registrado com o sentido de “modo de encarar um assunto” (cf. Dicionário Eletrônico Houaiss), o que permite incluir os recursos não verbais explorados na peça publicitária e, assim, identificar um “tom lúdico” na abordagem. Fora isso, embora não haja uma indicação unívoca de que a profissional de saúde da propaganda seja uma médica, não se pode negar a relação metonímica, explorada no anúncio, entre medicina e estetoscópio.
Com isso, faz sentido afirmar que a figura da médica evoca um “discurso autorizado”, porém se confere a ele um “tom lúdico” – instaurado tanto pelos recursos gráficos quanto pela variedade informal. Essa relação menos formal entre médico e população, ao estabelecer certo grau de intimidade, consolida um pacto de confiança entre eles – conforme se afirma em A.
Gabarito oficial: B
Gabarito Anglo: A