Diante de ameaças surgidas com a engenharia genética de alimentos, vários grupos da sociedade civil conceberam o chamado “princípio da precaução”. O fundamento desse princípio é: quando uma tecnologia ou produto comporta alguma ameaça à saúde ou ao ambiente, ainda que não se possa avaliar a natureza precisa ou a magnitude do dano que venha a ser causado por eles, deve-se evitá-los ou deixá-los de quarentena para maiores estudos e avaliações antes de sua liberação.

SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa. São Paulo: Cia. das Letras, 2001 (adaptado).

O texto expõe uma tendência representativa do pensamento social contemporâneo, na qual o desenvolvimento de mecanismos de acautelamento ou administração de riscos tem como objetivo

  • a

    priorizar os interesses econômicos em relação aos seres humanos e à natureza.

  • b

    negar a perspectiva científica e suas conquistas por causa de riscos ecológicos. 

  • c

    instituir o diálogo público sobre mudanças tecnológicas e suas consequências.

  • d

    combater a introdução de tecnologias para travar o curso das mudanças sociais. 

  • e

    romper o equilíbrio entre benefícios e riscos do avanço tecnológico e científico. 

Em "A corrida para o século XXI",  Nicolau Sevcenko afirma que vários grupos da sociedade civil, diante de ameaças surgidas com a engenharia genética de alimentos, conceberam o chamado "princípio da precaução". Este, segundo o autor, fundamenta-se no seguinte: quando uma tecnologia ou produto possivelmente comporta ameaças à saúde ou ao meio ambiente, mesmo sem dados empíricos precisos que comprovem isso, devem ser evitados até que mais estudos sejam desenvolvidos.
Com estudos e diálogos públicos, tendência do pensamento social contemporâneo, esses mecanismos de acautelamento são essenciais para a defesa da saúde e do ambiente perante mudanças tecnológica.