A crescente intelectualização e racionalização não indicam um conhecimento maior e geral das condições sob as quais vivemos. Significa a crença em que, se quiséssemos, poderíamos ter esse conhecimento a qualquer momento. Não há forças misteriosas incalculáveis; podemos dominar todas as coisas pelo cálculo.

WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. (Org.). Max Weber: ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Tal como apresentada no texto, a proposição de Max Weber a respeito do processo de desencantamento do mundo evidencia o(a) 

  • a

    progresso civilizatório como decorrência da expansão do industrialismo. 

  • b

    extinção do pensamento mítico como um desdobramento do capitalismo. 

  • c

    emancipação como consequência do processo de racionalização da vida. 

  • d

    afastamento de crenças tradicionais como uma característica da modernidade. 

  • e

    fim do monoteísmo como condição para a consolidação da ciência. 

No trecho selecionado de A ciência como vocação, de Max Weber, o desenvolvimento da sociedade nos trilhos da industrialização capitalista implicou a intelectualização e a racionalização que, por sua vez, geraram outra crença relativa ao conhecimento. O processo de desencantamento, ou seja, de superação das crenças tradicionais que decorre de éticas religiosas, por exemplo, no ascetismo protestante se, por um lado, não extinguiu o pensamento mítico que subsiste, por outro, caracteriza a modernidade desdobrada das relações capitalistas.