Leia o poema de Alberto Caeiro para responder a questão.

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave1
.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

(Obra poética, 1992.)

1cave: pavimento de uma construção que fica abaixo do nível do solo.

No verso "Não basta abrir a janela", a oração sublinhada funciona como sujeito do verbo "basta".

Um sujeito oracional ocorre também no verso:

  • a

    "É preciso também não ter filosofia nenhuma." 

  • b

    "Com filosofia não há árvores: há ideias apenas." 

  • c

    "Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;" 

  • d

    "E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse," 

  • e

    "Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."

Nesse trecho, temos um sujeito oracional, no qual “não ter filosofia nenhuma” é sujeito de “é preciso também”.