A capitania de São Vicente foi a primeira a ter um engenho de açúcar, mas, apesar do pioneirismo, se viu separada da economia agroexportadora fixada na Colônia a partir da segunda metade do século XVI, o que ocorreu por causa da concorrência das capitanias do Nordeste, sobretudo Pernambuco e Bahia, mais bem localizadas geograficamente e com condições naturais mais favoráveis ao desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar.
(Patrícia Albano Maia. “Expansão territorial do Brasil colonial: o bandeirismo”.
In: História do estado de São Paulo: a formação da unidade paulista, vol.1, 2010.)
Essa particularidade da capitania de São Vicente implicou
O relativo abandono da região vicentina, justificado, como o texto aponta, pela concorrência da produção açucareira do Nordeste (principalmente Pernambuco e Bahia) ocasionou a busca por alternativas econômicas no sertão do Brasil. Assim, pode-se dizer que uma das principais causas das expedições dos bandeirantes foi o fato de a Capitania de São Vicente ter sido preterida pelos portugueses em benefício do Nordeste.