[...] os mestres gregos foram à escola com os egípcios, e todos nós somos discípulos dos gregos. [...] Embora alguns [dos] templos [gregos] sejam vastos e imponentes, não atingem as colossais dimensões das construções egípcias. Sente-se que foram edificadas por seres humanos, para seres humanos. De fato, não existia um governante divino imperando sobre os gregos que pudesse forçar – ou tivesse forçado – todo um povo a trabalhar como escravos para ele. As tribos gregas tinham-se instalado em várias cidades pequenas e em portos de abrigo ao longo da costa. Havia muita rivalidade e atritos entre essas comunidades, mas nenhuma delas conseguiu dominar todas as outras.

(Ernst H. Gombrich. A história da arte, 1993.)

O diálogo intercivilizacional entre o Egito e as cidades-Estado gregas na Antiguidade foi

  • a

    impossibilitado pelas diferenças profundas de suas atividades econômicas. 

  • b

    estimulado por suas alianças militares contra o Império Persa. 

  • c

    interrompido pela oposição da filosofia grega às explicações religiosas do mundo. 

  • d

    condicionado por suas específicas organizações políticas. 

  • e

    favorecido pela presença de colônias egípcias nos territórios gregos.

Os contatos entre as civilizações grega e egípcia aconteceram de formas variadas na Antiguidade. Contatos comerciais e mesmo influências nas artes plásticas foram comuns, mas, como citado no texto, algumas diferenças na estrutura política limitavam alguns aspectos. O modelo político fortemente centralizado no Egito antigo permitiu o controle e a organização de grandes contingentes de trabalhadores de uma forma que seria inviável na Grécia dadas as diferentes organizações políticas de cada cidade.