Se muita gente hoje enxerga a Terra como um sistema dinâmico de conexões entre atmosfera, águas, rochas e biodiversidade, isso se deve, em larga medida, a Alexander von Humboldt (1769 – 1859). O vulcão Chimborazo (6.268 m de altitude), no atual Equador, foi utilizado por Humboldt como exemplo para apresentar com clareza, pela primeira vez, como cada faixa altitudinal em regiões montanhosas é um microcosmo de climas e biodiversidade.
Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/. Adaptado.
Considerando a relação entre vegetação e altitude, da base até o topo das zonas do vulcão representado, é possível obter a sequência:
A relação entre vegetação e altitude vincula-se, sobretudo, ao fato de que, em áreas montanhosas, as temperaturas diminuem com o aumento da altitude (resfriamento adiabático), situação que também é influenciada pela incidência da radiação solar na montanha. Esses aspectos afetam as condições locais, resultando em diferentes padrões de vegetação. Vale destacar que a área retratada na questão localiza-se próximo da linha do Equador, fato que influencia na determinação da vegetação presente na base da montanha (Floresta tropical). Aumentando a altitude, ocorre gradativa queda na temperatura e tem-se a seguinte sequência de padrões vegetais: floresta temperada, floresta de coníferas, tundra e exposição de rocha, neve e gelo.
Importante ressaltar que essa sequência de padrões vegetais (da base da montanha até o seu topo) guarda muita semelhança com a distribuição vinculada à variação latitudinal (quanto maior a latitude, menor a temperatura).