Um vídeo do astrônomo Carl Sagan em seu programa dos anos 1980, Cosmos, conta a história de Eratóstenes, demonstrando como os gregos antigos já haviam descoberto que a Terra é uma esfera (geoide). Para fazer isso, Eratóstenes observou a sombra de duas colunas no solstício de verão; uma coluna foi colocada em Alexandria e outra em Siena (atualmente Assuan), ambas no Egito. Ele notou que em Siena, ao meio dia, o Sol ficava em seu ponto mais alto e a coluna lá instalada projetava uma sombra com ângulo diferente daquela projetada em Alexandria. Sagan explica então que, se a Terra fosse plana, ambas as estruturas produziriam sombras iguais, mas como o planeta é esférico, o sombreamento varia.
Disponível em https://revistagalileu.globo.com/. Adaptado. 2019.
A esfericidade do Planeta Terra demonstrada por Eratóstenes e relembrada por Carl Sagan explica, em conjunto com outros fatores,
A formação das zonas climáticas é fortemente influenciada pela diferença da incidência de raios solares sobre a superfície do planeta, graças ao seu formato de geoide, à sua inclinação e a seu movimento de translação.
Este último fenômeno é responsável pela formação das estações do ano, contudo algumas alternativas trazem esses eventos de forma equivocada, pois a maior incidência de raios solares e dias mais longos acontecem no verão. Além disso, o fenômeno de translação faz com que o hemisfério Sul tenha seus solstícios de verão e inverno em dezembro e junho, respectivamente e seus equinócios de primavera em setembro e de outono em março. Sendo assim, têm-se essas estações de forma oposta no hemisfério Norte.
Portanto, a partir dos eventos acima citados, tem-se que a intensidade de raios na região equatorial será maior e mais intensa do que nos pólos.