De acordo com o historiador Martyn Lyons, “nos temores contemporâneos em relação ao acesso ilimitado a sites perigosos da Internet, e às dificuldades enfrentadas por governos de diversos países no policiamento da distribuição da informação, ouve‐se o eco do pânico causado pela invenção da imprensa”.

Martyn Lyons, A história da leitura de Gutenberg a Bill Gates, RJ: Casa da
Palavra, 1999.

Escolha a alternativa que demonstre corretamente os elementos de continuidade e de descontinuidade entre a “revolução do impresso” e a “revolução eletrônica” apontados pelo autor.

  • a

    As chamadas “revolução do impresso” e “revolução eletrônica” não somente favoreceram a multiplicação e democratização do acesso à informação como também auxiliaram a formação de um público mais vasto e mais crítico. 

  • b

    A implementação das novas tecnologias de comunicação eliminou a diferença entre os usuários e os excluídos do universo da cultura escrita, tal como se prometera no início de sua adoção. 

  • c

    A manutenção de índices elevados de circulação de fake news nas redes sociais demonstra que a “revolução da comunicação” depende de quem domina e de quem usa as tecnologias. 

  • d

    Diferentemente do Index Librorum Prohibitorum promulgado para a atuação da Inquisição no controle da expansão do Protestantismo durante o século XVI, os atuais marcos regulatórios da Internet limitam‐se ao controle da pornografia. (E)

  • e

    O advento da tipografia não foi necessariamente revolucionário, pois não mudou a natureza nem o assunto dos livros; já a tecnologia digital suprimiu todas as formas anteriores de comunicação, da oral à impressa.

No excerto, o historiador Martyn Lyons faz um paralelo entre a "revolução da imprensa" e a "revolução do impresso", ao abordar o problema do acesso ilimitado a sites perigosos e das dificuldades para o controle da distribuição da informação.

Nesse sentido, poderíamos compreender como elementos de continuidade, o caráter restrito do domínio dos meios de comunicação, seja no tempo atual, seja no século XV quando da revolução do impresso.

Já como elemento de descontinuidade, pode-se considerar o fenômeno das fake news, típicas de um mundo contemporâneo marcado pelo amplo acesso aos meios de comunicação.