Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, encontraram o crânio e uma parte do fêmur de Luzia, o esqueleto humano mais antigo descoberto na América que revolucionou as teorias científicas sobre a ocupação do continente. Os fósseis foram achados há alguns dias (não foi divulgado quando) junto aos escombros do edifício, parcialmente destruído por um incêndio em 2 de setembro. O crânio está fragmentado, porque a cola que mantinha os seus pedaços juntos se foi com o calor, mas a equipe está bastante otimista com suas condições.
Júlia Barbon, Folha de São Paulo, Outubro/2018. Adaptado.
O esqueleto de Luzia,
A descoberta do crânio e de parte do fêmur de Luzia, mais antigo esqueleto humano descoberto na América, revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente.
Encontrada na Lapa Vermelha, no município de São Leopoldo, no estado de Minas Gerais, em 1975, Luzia levou os cientistas a acreditar na ocupação da América por quatro fluxos migratórios, por se assemelhar a fósseis de origem africana e de aborígenes da Austrália, diferentemente dos três últimos fluxos, de origem mongol, semelhante aos povos indígenas brasileiros.