A reação diante da alteridade1 faz parte da própria natureza das sociedades. Em diferentes épocas, sociedades particulares reagiram de formas específicas diante do contato com uma cultura diversa à sua. Um fenômeno, porém, caracteriza todas as sociedades humanas: o estranhamento, que chamamos etnocentrismo, diante de costumes de outros povos, e a avaliação de formas de vida distintas a partir dos elementos da sua própria cultura. Assim, percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo 2 . Os estereótipos são uma maneira de “biologizar” as características de um grupo, isto é, considerá-las como fruto exclusivo da biologia, da anatomia. No interior de nossa sociedade, encontramos uma série de atitudes etnocêntricas e biologicistas.

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1 alteridade: característica, estado ou qualidade de ser distinto e diferente, de ser outro.

2 estereótipo: ideia ou convicção classificatória preconcebida sobre alguém ou algo.

Um exemplo de etnocentrismo incorporado a uma política estatal foi

  • a

    o movimento sionista, na Palestina.

  • b

    o apartheid, na África do Sul.

  • c

    a questão curda, na Turquia.

  • d

    a primavera árabe, na Síria.

  • e

    a balcanização, na Chechênia.

O fator que determina a escolha da alternativa correta nessa questão refere-se ao pedido específico do enunciado ao solicitar: “Um exemplo de etnocentrismo incorporado a uma política estatal”. Das alternativas, o único exemplo de uma política oficial adotada pelo
Estado como forma de segregação racial foi o apartheid praticado pelo governo sul-africano entre 1948 e 1994. Nos outros exemplos, embora existam práticas etnocêntricas, elas não são políticas de Estado na forma da lei.