Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,  referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.

ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).

A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica: 

  • a

    Relativismo cognitivo.

  • b

    Materialismo dialético.

  • c

    Racionalismo cartesiano.

  • d

    Pluralismo epistemológico.

  • e

    Existencialismo fenomenológico.

O texto ressalta uma visão da relação entre ser humano e natureza segundo a qual esta é vista como objeto de exploração para atender às finalidades humanas.
No racionalismo cartesiano, a busca de uma ciência verdadeira envolve um olhar de exploração, já que Descartes anuncia o ser humano como senhor e possuidor da natureza.