O peso da história certamente não desapareceu: ocupadas e estruturadas em função de atividades econômicas diversas, durante períodos distintos, as regiões brasileiras ainda estão organizadas em bacias de exportação quase autônomas. As disparidades que existem entre elas refletem ainda, em boa parte, o maior ou menor sucesso de sua história econômica específica.

(Hervé Théry e Neli A. de Mello-Théry. Atlas do Brasil, 2018. Adaptado.)

Os desequilíbrios regionais a que o excerto faz alusão evocam

  • a

    a pluralidade fiscal que tendeu ao segregacionismo do território brasileiro.

  • b

    a ampla biodiversidade que orientou a capitalização do território pela sociedade.

  • c

    os ciclos econômicos que organizaram o espaço nacional em arquipélagos.

  • d

    a formação de núcleos urbanos que mantiveram a condição de um país pouco povoado.

  • e

    os tratados coloniais que levaram à ocupação interiorana tardia do território.

A história econômica do Brasil tem como base de organização a ocorrência de ciclos econômicos, que correspondem às diferentes fases de desenvolvimento da economia nacional, como o ciclo da cana-de-açúcar, das drogas do sertão e da mineração. A maioria dos ciclos econômicos ocorreu de forma relativamente isolada, em que uma determinada região era beneficiada pela introdução de novas práticas econômicas sem necessariamente beneficiar uma porção distinta do território nacional, o que influenciou o surgimento de diversas disparidades regionais perceptíveis atualmente.