Crise do sistema colonial é, portanto, aqui entendida como o conjunto de tendências políticas e econômicas que forcejavam no sentido de distender ou mesmo desatar os laços de subordinação que vinculavam as colônias ultramarinas às metrópoles europeias.

(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981.)

A crise mencionada no texto pode ser associada, entre outros fatores,

  • a

    ao fim do colonialismo europeu nas Américas e na África e ao surgimento de ideias sociais libertadoras nos dois continentes.

  • b

    à consolidação da hegemonia marítima britânica e às limitações impostas pela Inglaterra ao tráfico atlântico de escravos.

  • c

    ao crescimento do republicanismo no Brasil e ao esforço de redemocratização política empreendido na Europa e na América. 

  • d

    à influência crescente dos Estados Unidos nas decisões políticas brasileiras e à ampliação do comércio com os países hispano-americanos. 

  • e

    ao declínio da política mercantilista na Europa e ao avanço das propostas reformistas e liberais na economia e na política.

Entre os séculos XVIII e XIX, as Revoluções Burguesas, a Revolução Industrial e as Independências da América inauguraram a Idade Contemporânea pondo fim ao Antigo Regime.

Ancoradas no Liberalismo e no Iluminismo, essas bruscas transformações romperam com as práticas mercantilistas.

No continente americano, a decadência do colonialismo foi promovida por ideais e práticas moldados pelo Liberalismo tanto na política (República, Constituição, Divisão de Poderes) quanto na economia (fim do Monopólio Comercial metropolitano).