Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico.

As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. Ser artesão não é nada, perto de ser artífice.

Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.

(Adaptado de Eduardo Affonso, “Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e
o resto”. Disponível em www.facebook.com/eduardo22affonso/.)

Segundo o texto, as proparoxítonas são palavras que

  • a

    garantem sua pronúncia graças à exigência de uma sílaba tônica. 

  • b

    conferem nobreza ao léxico da língua graças à facilidade de sua pronúncia. 

  • c

    revelam mais prestígio em função de seu pouco uso e de sua dupla acentuação. 

  • d

    exibem sempre sua prepotência, além de imporem a obrigatoriedade da acentuação.

No inicio do terceiro parágrafo do texto de Eduardo Affonso, há clara menção à prepotência das proparoxítonas ("As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas"). No período seguinte, ele ainda conclui: "[...] ainda exigem acento na sílaba tônica".