“Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo do bom senso e do senso comum."

(Adaptado de “Franz Kafka, carta a Oscar Pollak, 1904.” Disponível em
https://laboratoriode sensibilidades.wordpress.com. Acessado em 28/05/2018.)

Assinale o excerto que confirma os dois textos anteriores.

Excertos adaptados de:
Marisa Lajolo, A formação do leitor no Brasil. São Paulo: Ática, 1996, p. 28.
Antonio Candido, Vários escritos. São Paulo: Duas cidades, 2004, p.187.
Gilberto Gil, Discurso no lançamento do Ano Ibero-Americano da Leitura, 2004.
Fernando Pessoa, Páginas íntimas e de Auto-Interpretação. São Paulo: Ática, 1966, p. 23.

  • a

    A leitura é, fundamentalmente, processo político. Aqueles que formam leitores – professores, bibliotecários – desempenham um papel político. (Marisa Lajolo) 

  • b

    Pelo que sabemos, quando há um esforço real de igualitarização, há aumento sensível do hábito de leitura, e portanto difusão crescente das obras. (Antonio Candido) 

  • c

    Ler é abrir janelas, construir pontes que ligam o que somos com o que tantos outros imaginaram, pensaram, escreveram; ler é fazer-nos expandidos. (Gilberto Gil) 

  • d

    A leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, por que não sonhar os meus próprios sonhos? (Fernando Pessoa).

Ambos os textos se referem à expansão provocada por bons livros no leitor - "abrir a cabeça" e "quebrar o mar de gelo do bom senso e do senso comum". As ideias de "ferir" e "trespassar", assim como o uso de "um machado" (de Assis), remetem à abertura de janelas para o que outros escreveram, como indica a alternativa correta.