Destinada unicamente à exportação, em função da qual se organiza e mantém a exploração, tal atividade econômica desenvolveu-se à margem das necessidades próprias da sociedade brasileira. No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes auspícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final. Os prenúncios dessa ruína já se faziam aliás sentir para os observadores menos cegos pela cobiça desde longa data. De meados do século XVIII em diante, essa atividade econômica, contudo, não fizera mais que declinar.
(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1999. Adaptado.)
A atividade econômica a que o texto se refere está presente em:
O texto historiográfico presente no enunciado da questão faz referência a uma atividade econômica que teve grande destaque no século XVIII, embora seu declínio já fosse perceptível na segunda metade desse século – tratando-se, portanto, da mineração.
Na alternativa C, a estrofe de Tomás Antônio Gonzaga – poeta e advogado que efetivamente viveu na área mineradora no século XVIII – traz diversas referências à extração de metal precioso (“granetes de ouro”), inclusive à atividade do garimpo ou faiscação (“cascalho”, “bateia”) e ao uso do trabalho escravo ("cem cativos”, “hábil negro”).