Muitos primatas, incluindo nós humanos, possuem visão tricromática: têm três pigmentos visuais na retina sensíveis à luz de uma determinada faixa de comprimentos de onda. Informalmente, embora os pigmentos em si não possuam cor, estes são conhecidos como pigmentos “azul”, “verde” e “vermelho” e estão associados à cor que causa grande excitação (ativação). A sensação que temos ao observar um objeto colorido decorre da ativação relativa dos três pigmentos. Ou seja, se estimulássemos a retina com uma luz na faixa de 530 nm (retângulo I no gráfico), não excitaríamos o pigmento “azul”, o pigmento “verde” seria ativado ao máximo e o “vermelho” seria ativado em aproximadamente 75%, e isso nos daria a sensação de ver uma cor amarelada. Já uma luz na faixa de comprimento de onda de 600 nm (retângulo II) estimularia o pigmento “verde” um pouco e o “vermelho” em cerca de 75%, e isso nos daria a sensação de ver laranja-avermelhado. No entanto, há características genéticas presentes em alguns indivíduos, conhecidas coletivamente como Daltonismo, em que um ou mais pigmentos não funcionam perfeitamente.

Caso estimulássemos a retina de um indivíduo com essa característica, que não possuísse o pigmento conhecido como “verde”, com as luzes de 530 nm e 600 nm na mesma intensidade luminosa, esse indivíduo seria incapaz de

  • a

    identificar o comprimento de onda do amarelo, uma vez que não possui o pigmento “verde”. 

  • b

    ver o estímulo de comprimento de onda laranja, pois não haveria estimulação de um pigmento visual. 

  • c

    detectar ambos os comprimentos de onda, uma vez que a estimulação dos pigmentos estaria prejudicada. 

  • d

    visualizar o estímulo do comprimento de onda roxo, já que este se encontra na outra ponta do espectro. 

  • e

    distinguir os dois comprimentos de onda, pois ambos estimulam o pigmento “vermelho” na mesma intensidade.

A questão aborda a visão tricromática dos seres humanos pela presença dos pigmentos visuais "azul", "verde" e "vermelho" em suas retinas.
De acordo com o texto, luzes nas faixas de comprimento de onda de 530 nm e 600 nm ativam os pigmentos "verde" e "vermelho", sendo o pigmento vermelho ativado na mesma intensidade (cerca de 75%) para os dois comprimentos de onda.
Portanto, um indivíduo com daltonismo que não possuísse o pigmento "verde" seria incapaz de distinguir os dois comprimentos de onda, pois ambos estimulam o pigmento "vermelho" aproximadamente na mesma intensidade.