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O Projeto de Lei nº 5989 de 2009, que originalmente pretende liberar a aquicultura com tilápias e carpas (espécies não nativas no Brasil) em reservatórios de usinas hidrelétricas, tramita agora no Senado. [...] Facilitar o uso de espécies não nativas na aquicultura em reservatórios de usinas pode ser altamente prejudicial aos ambientes aquáticos brasileiros, já que as represas recebem rios afluentes. Desse modo, os peixes criados ali [...] poderiam chegar a diversos ambientes do país por esse caminho.
(Unespciência, maio de 2017.)
a) Supondo que antes da introdução de espécies não nativas o ambiente já havia atingido sua carga biótica máxima (capacidade limite ou capacidade de carga), explique por que a presença dessas espécies não nativas de peixes pode ser prejudicial aos ambientes aquáticos naturais brasileiros.
b) Além das espécies não nativas de peixes, que outros organismos, associados a essas espécies, podem juntamente ser introduzidos nesses ambientes aquáticos? Explique o impacto que esses organismos podem causar no tamanho das populações de peixes locais.
a) Como o ambiente já havia atingido sua carga biótica máxima, a introdução de qualquer espécie o sobrecarregará ainda mais, gerando desequilíbrio na comunidade. Além disso, por se tratar de espécies não nativas e por não apresentarem, de modo geral, inimigos naturais nesse ambiente, a tendência é que elas estabeleçam competição com as nativas, sobrepujando-as.
b) Podem ser introduzidos organismos parasitas dessas espécies não nativas. Apesar de os parasitas serem, de modo geral, específicos das espécies não nativas, pode ocorrer que também parasitem as espécies nativas. Nesse caso, essas espécies nativas serão prejudicadas por não possuírem defesas naturais contra esses parasitas.