No que se refere à crise do colonialismo português na África na segunda metade do século XX,

  • a

    a Era das Revoluções, ao implicar a abolição do tráfico transatlântico de escravos para as Américas, erodiu as bases do domínio de Portugal sobre Angola e Moçambique.

  • b

    Portugal, com um poder de segunda ordem no concerto europeu, se viu alijado das deliberações da Conferência de Berlim, perdendo assim o domínio sobre suas colônias.

  • c

    as independências de Angola e de Moçambique foram marcadas por um processo relativamente pacífico, que envolveu ampla negociação com os poderes metropolitanos em Portugal.

  • d

    o processo de independência das colônias portuguesas, ao contrário do que ocorreu nas colônias inglesas e francesas, não se relacionou às polarizações geopolíticas da Guerra Fria.

  • e

    o movimento de independência colonial foi decisivo para o processo de transformação política em Portugal, ao acelerar a crise do regime autoritário nascido no período entre-guerras. 

No período entre guerras, Portugal assistiu à construção de um regime autoritário sob o comando de Salazar, que controlou o país entre 1932 e 1968. O fim do seu governo não significou o fim do autoritarismo, que continuou sob o governo de Marcello Caetano. Em meio ao movimento de descolonização afro-asiática, teve início, nos anos 1960, a guerra da independência das colônias portuguesas na África. A longa guerra contribuiu para o desgaste do regime português, que terminava com a Revolução dos Cravos em 1974.