As primeiros práticos de agricultura datam de, aproximadamente, 10.000 anos. Neste período, ocorreram inúmeras transformações na sua base técnica, mas é, no decorrer da segunda metade do século XX, que a revolução agrícola contemporânea, fundada na elevada motorização-mecanização, na seleção de variedades de plantas e de raças de animais e na ampla utilização de corretores de pH dos solos, de fertilizantes, de ração animal e de insumos químicos para as plantas e para os animais domésticos, progrediu vigorosamente nos países desenvolvidos e em alguns setores limitados dos países subdesenvolvidos.
Marcel Mazoyer & Laurence Roudart. História das agriculturas no mundo: do neolítico à cise contemporânea,
São Paulo: Unesp; BrasíIia: NEAD, 2010. Adaptado.
As transformações ocorridas na agricultura após meados do século XX foram reconhecidas como revolução verde, sobre a qual se pode afirmar:
A expressão "revolução verde" designa o momento de grande avanço tecnológico nas atividades agrícolas, ocorrido após a 2ª G.M.
Foi desenvolvida em centros de pesquisa dos EUA. Atualmente, grandes empresas sediadas em países desenvolvidos são as principais detentoras destas técnicas e tecnologias, que envolvem desde melhoramentos genéticos em sementes até a produção dos maquinários e fertilizantes que têm garantido a padronização e a alta produtividade em cultivos ao redor do globo.
Foi inicialmente difundida com a promessa de sanar a questão da fome nos países empobrecidos, no entanto, sua aplicação, que depende de altos investimentos, é majoritariamente direcionada para grandes propriedades monocultoras, voltadas para exportação, não atendendo às necessidades da maior parte das populações em países em desenvolvimento.