Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”.

CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro. FGV, 1999

O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda política, na medida em que visava

  • a

    conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo. 

  • b

    ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas. 

  • c

    aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil. 

  • d

    estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil. 

  • e

    alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

Durante a Ditadura do Estado Novo (1937 – 1945), Getúlio Vargas e seus colaboradores buscaram intensificar a aproximação com as massas populares. Ferramenta importante para esse fim foi o Departamento de Imprensa e Propaganda (D.I.P) fundado nesse cenário e responsável pelo controle das informações divulgadas e pela propaganda oficial do governo. Característica marcante de Vargas foi buscar a conquista popular na legitimação do novo governo, centralizar desde o golpe do Estado Novo de 1937, que cancelou a Constituição de 1934, estabeleceu essa nova Carta Constitucional – a “Polaca” -, e instituiu um modelo autoritário e por vezes opressor. Assim, conquistar o apoio popular era fundamental para a consolidação do projeto nacionalista e muitas vezes interpretado como populista de Getúlio.