Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma coisa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros,(...) E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general,uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo, o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que ... Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos.
• O trecho acima integra o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Considerando o trecho e o romance como um todo, o pensamento suspenso no final do parágrafo, indicia ações futuras da personagem em pauta. Indique a alternativa errada com relação ao que de fato ocorreu com Quincas Borba.
Quincas Borba jamais encherá o país de “imensa glória”, e tampouco alcançará “notoriedade e fama” com a teoria, até porque esta permanecerá inacabada, e será conhecida (e ainda assim de forma fragmentária) apenas por alguns de seus seguidores, como o Brás Cubas de Memórias póstumas e o Rubião de Quincas Borba (romance de 1891).