Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jatí não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
• Do trecho acima que integra o romance Iracema, de José de Alencar, não se pode afirmar que
A caracterização da personagem Iracema, no romance homônimo, não se pauta pelo refinamento psicológico. A índia funciona, ali, como representação alegórica da terra americana, razão pela qual sua individualização não faria sentido.